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27 de janeiro de 2009
Adeus a Tia Doca!
Monarco: perda de Tia Doca é irreparável
Julia Moura, JB Online
RIO - O corpo da pastora da Velha Guarda da Portela, Jilçária Cruz Costa, de 76 anos, conhecida como Tia Doca, está sendo velado na quadra da Portela, Rua Clara Nunes, 81, em Madureira. Pelo menos 100 pessoas já passaram por lá. Entre eles, Hildmar Diniz, o Monarco. Segundo ele, a cadeira de Tia Doca na galeria da Velha Guarda continuará vaga.
- Ela era uma sambista de fato. Uma sambista perfeita. Cantava, tocava e sambava. Foi uma perda irreparável. Vamos deixar a cadeira dela vazia. Agora, só restam três pastoras Áurea, Surica e Eunice - lamenta Monarco.
Muito abalado, Nem, filho da Tia Doca, anunciou que o famoso Pagode da Tia Doca (que acontece todo domingo na Rua João Vicente, 219, em Madureira) está de pé.
- É uma perda muito grande para mim e para todo o mundo do samba, mas vou continuar com o pagode. Tenho muito orgulho em ser filho dela.
A sambista morreu na tarde de domingo no Hospital dos Servidores do Estado (Iaserj), no Centro, após sofrer um infarto. Ela tentava se recuperar de um derrame ocorrido no último dia 17 de janeiro e que a fez ser internada às pressas no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, subúrbio do Rio. No ano passado, ela foi destaque no filme "O mistério do samba", dirigido por Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor e produzido pela cantora Marisa Monte.
O corpo foi enterrado às 16h desta segunda-feira no cemitério de Irajá.
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